quinta-feira, 28 de novembro de 2013

De cada canto

Flip 2015: Quando as luzes se apagam em Paraty | Brasil | EL PAÍS Brasil


De cada canto que havia
Saía um sussurro, uma agonia
De cada igreja que mofava
Uma reza, uma homilia

De cada trote, de cada rima
Da solidão que se escondia
Se fazia a bruma que banhava, de silêncio
Cada pedra que vestia aquelas ruas

E não pudera, pobre infeliz
Vagar impune à fantasia
De se cobrir de flores
De se matar de amores
De caminhar em saltos
De povoar em sonhos
Os jardins pequenos
Que nasciam em cada muro.



Marcelo Vieira Graglia

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