terça-feira, 22 de outubro de 2024

Elza e Gabriel


Como numa história de García Márques, surgiu do fim do mundo
Inesperada, instigante, misteriosa
Como se atendesse ao seu chamado
Num relâmpago povoou a imaginação do incauto e perturbou o sonho do poeta

Ao som de Elza desceu lentamente e gloriosa as escadarias
Até que seus pés tocassem o seu mundo
Coberto por uma armadura reluzente seu corpo ainda molhado pelas águas do Capitólio
Nos olhos o poder de uma deusa, na mão direita a espada

Sem que tempo houvesse para recuo ou reação
Havia sido perpassado
Sentia o hálito quente de tão próxima
O toque da pele sem ter ainda experimentado
A única certeza é que não mais escaparia dali
O que quer que isto significasse




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