A paixão queimava
Em labaredas lânguidas
Lambidas insinuantes e sinuosas
Deslizavam e escorriam
Demarcando caminhos do pescoço a virilha
Inebriados
Seus corpos se entregavam à lascívia
Sem contar as horas e sem marcar o tempo
Sem a pressa corrida do relógio da cidade
Embalados numa dança primitiva
Entrelaçavam suas línguas
E apalpavam suas partes
Como que para acredita-las
Se tocando a cada instante, que pulsava e tremia
Naquele encontro de corpos e de almas
Naquela festa e naquela orgia
Ao mesmo tempo gozo e epifania
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